Voltei a ser criança pelas recordações

Em 18.11.07 aproveitei a registrar algumas vivências a mais que a Literatura Infantil me proporcionou. Li o livro “Literatura Infantil" Gostosuras e Bobices de Fanny Abramovich, diria que é fundamental para todo o professor que queira utilizar-se deste rico recurso iniciando os alunos na literatura e na arte, deveria ler para ter orientações técnicas, mas também como referencial de sugestões muito qualificadas e de bom gosto.
Trabalhamos este livro na nossa noite de reunião pedagógica semanal, cada grupo de professoras, estudando um capítulo e apresentando-o aos colegas. Foi uma das reuniões de formação que os professores avaliaram como a mais proveitosa. Logo tratamos de incluir coisas mais interessantes nas aulas, disseram que estavam usando coisas muito formais e acadêmicas. Decidimos incentivar mais a leitura, inclusive nós lendo para os alunos às vezes, bem como enfatizar e trabalhar ainda mais com os diferentes tipos de texto que fazem parte da beleza da língua-mãe. Concluiu-se que é de responsabilidade de todos, não só de professores de português. Poesia, fábula, contos de fada sempre são um bom pretexto para desenvolver sensibilidade e trabalhar, não precisa esperar as datas comemorativas.
Aproveitei a reler alguns clássicos dos Irmãos Grimm, Andersen, agora com os olhos de aluna-professora, mas com a emoção de uma criança... É incrível isso, nem eu imaginava que pudesse gostar tanto de reler / reviver esta fase da vida, o que me deu tanta alegria e satisfação.
Reli a peça teatral "Saltimbancos", uma adaptação de Chico Buarque de Hollanda da obra dos Irmãos Grimm,diz-se que é a mais perfeita já produzida. Possui uma musicalidade fantástica até para ser lida, nem precisa de acompanhamento musical.
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“Todos juntos somos forte,
Somos flecha e somos arco
todos nós no mesmo barco,
não há nada pra temer”
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Também me deliciei com a Arca de Noé, de Vinícius de Moraes.
Tenho encontrado com alunos e as crianças da minha família e apresento o livro, é amor à primeira vista.
Faltou apenas reler um conto de fadas que eu li dezenas de vezes quando criança, não lembro o nome, nem o autor...Só sei que o sapo virou um belo príncipe, mágico!
Mas, o inacreditável que todas essas emoções vividas, estavam esquecidas enquanto professora, foi somente trabalhando nesta interdisciplina, que me acordei, para o quanto a literatura infantil, levando conhecimento, magia e prazer à em sala de aula.

É escrevendo que se aprende a escrever bem.

Tenho percebido que o curso me tem feito melhorar a escrita da língua-mãe.
Como nos exigem que escrevamos bastante, tenho me sentido mais "letrada", e tenho buscado nas gramáticas e nos dicionários tantos esclarescimentos quanto a regras acentuação,ao uso da crase,na utilização dos porquês...
Enfim, enquanto profissional não fui tão pesquisadora como estou sendo agora enquanto aluna.
Da mesma forma nunca utilizei tanto as enciclopédias e outras fontes de pesquisa para esclarescer minhas dúvidas, confirmar algumas crenças, as quais atribuo a publicização dos trabalhos, o que vem nos exigir maiores cuidados na escrita, e também na nossa responsabilidade e auto-crítica.

A busca além da tarefa proposta

Nas atividades de literatura infantil, quando trabalhamos o assunto "Poesia",que aliás, foi bastante prazeiroso de executar,selecionei dentre vários livros que retirei na biblioteca algumas das poesias que julguei mais significativas para o trabalho.Mas acreditei que soubesse o que era rima, ritmo, cadência, métrica. Porém precisei retomar esses componentes da poesia para saber o que exatamente significam.Portanto,além do trabalho de analisar as poesias precisei pesquisar além do que estava proposto,o que veio enriquecer ainda mais meus conhecimentos.