segunda-feira, 5 de maio de 2008

QUEM ME VIU...QUEM ME VÊ

Estou finalizando os estudos de matemática, especificamente a Teoria dos Campos Conceituais, embora já havia lido algo sobre o assunto, não me chamou atenção.
Apesar de ser progressista, tenho um lado bastante conservador, não troco nem marca de produto doméstico, simplesmente por trocar, aventurar, ou experimentar...Somente por uma razão substantiva que faço trocas. Muito menos seria a primeira vista que acreditaria numa abordagem tão inovadora da tradicional matemática.
Porém hoje já sei, inclusive que a matemática que se estuda no PEAD, é a matemática com significado pro dia-a-dia das crianças e para a vida. Onde se leva em conta seus esquemas mentais, bem como o raciocínio próprio desenvolvido em cada problema na busca do resultado.
Acredito que essas crianças não vão ter traumas da matemática como as gerações passadas, onde necessariamente seguíamos os mesmos passos que a professora determinava, embora nosso resultado também tivesse correto.
Quando vi que o criador do método, psicólogo Gérard Vergrand foi discípulo de Piaget e Vygosky, intelectuais que muito contribuíram na área educacional, já me interessei em estudá-lo mais, e fiquei conhecendo melhor a Teoria dos Campos Conceituais, que engloba as noções do campo aditivo ( composto por soma e subtração), e do campo multiplicativo( composto pela multiplicação e divisão), que segundo o autor “ representam as 2 faces de uma mesma moeda.” Nessa metodologia o aluno pode buscar o resultado com seu jeito próprio, pois não há um só caminho para solucionar os problemas, para isso vai fazendo os registros até chegar afinal ao resultado.
Trabalhar com campos conceituais, segundo alguns estudiosos, “significa romper o contrato didático estabelecido tradicionalmente”. Primeiro apresenta-se para o aluno a situação-problema. Depois da questão estar elaborada pelos alunos é que inicia a discussão sobre possíveis maneiras de resolver o problema.
Este modo de aprender serve muito bem para os estudos de ciências naturais.
Portanto hoje a matemática pra mim não é mais “bicho-papão”, pode ser uma disciplina interessante e desafiadora.