sexta-feira, 18 de abril de 2008

UÁI!...AULAS DE MATEMÀTICA NO PEAD......

Quando li meu e-mail dando tal notícia , fiquei assustada . Matemática para mim sempre foi um “bicho-papão”...
Imaginei que se tratasse “ daquela matemática antiga” dos meus tempos de primário e secundário,onde se fazia operações mecânicas, descontextualizadas, sem significado nenhum.
Mas, ufa! O professor Luiz Mazzi foi um alívio. Durante a apresentação da interdisciplina que leva o simpático nome de “ Representação do Mundo pela Matemática”, já deduzi não se tratar daquela matemática que ainda habitava minha memória e minha emoção. Nosso professor do PEAD ao apresentar essa matemática que tem tudo a haver com o mundo. Sua exposição inicial bem acessível e dialógica, desbancando e desmistificando a antiga “pose” da tal matemática.
Eu lá sentada com “meus botões”, estava louca de vontade de falar dos meus traumas , e da visão que tinha da mesma; quando a sábia e muito querida professora Drª Mari Jane de Carvalho, numa “tirada” telepática e bem psicóloga, junto com o professor Luiz, quis saber como percebíamos a matemática. Foi então que aproveitei para fazer a catarse, gestada em anos de briga com a disciplina e seus professores, que sem excessão estavam num pedestal, usando ” sapatos altíssimos” . Esse era o filme que desenrolava na minha cabeça. Porém a aula foi uma beleza!
Trabalhamos com uma caixa de material concreto, onde após fazermos nossas constatações, relatamos as mesmas.
Ótimo também foi descobrir o jogo de pife, com a numeração maia. Todas nós gostamos muito. Fiquei “sorvendo” as trocas das colegas Elaine e Micheline de como poderiam trabalhar o material com seus alunos.

Apresentação da Reflexão-síntese

Considerei muito boa as apresentações do nosso grupo. Não sabia que já havíamos evoluído tanto assim. Percebi isso principalmente naquelas colegas que pareciam mais tímidas, deram seu “recado” muito bem. Inclusive uma das colegas trabalha numa escola rural, organizou uma excursão à sede do município para visitar o laboratório de informática, lá ganhou um computador em desuso, com problemas... Sabem o que ela fez? Montou o computador pondo o mesmo em funcionamento, e com seus entusiasmados alunos iniciaram o bê-á-bá digital.
Achei fantástico. “Parabéns pela iniciativa!” Confesso que fiquei emocionada com o depoimento dessa colega.
O professor Benitez e a professora Maximilia formaram a Banca Avaliadora (É assim que se denomina?). Percebi pela expressão de suas fisionomias que também aprovaram as apresentações. Intervinham questionando e reforçando alguns aspectos abordados, qualificando ainda mais nosso aprendizado.Também fazíamos avaliações cooperativas, registrando em ficha recebida nosso parecer sobre o trabalho apresentado pelas colegas.
Quanto a mim, estava mais tranqüila para essa apresentação do que nas oportunidades anteriores. Gostaria de ter utilizado uma tecnologia para mostrar meu crescimento, mas, como ainda não tenho desenvoltura em utilizar essa ferramenta, achei mais seguro simplesmente ir falando na minha apresentação, já que faço isso com relativa facilidade. Levei meu “pen drive” (presente –desafio que ganhei no natal) com meus registros, caso precisasse usá-lo, esse foi útil nas apresentações de algumas colegas, já que aconteceram alguns problemas e foi preciso passar o material para outro computador.
Percebi com uma pontinha de ciúme, o quanto às experiências das colegas que estão em sala de aula são mais ricas e interessantes, apenas me conformo, porque assim eu posso ser “multiplicadora” do que tenho aprendido no PEAD... Como vice-diretora na EJA, e professora bibliotecária tenho contribuído com idéias e ações instigadas e “gestadas” no Curso de Pedagogia.
De relevante gostaria de mencionar que esse semestre foi o melhor de todos, trabalhando muito bem a questão do sentimento, do prazer, da magia ao buscar o conhecimento. Pra mim isso tem um significado especial, pois a minha formação teve o forte viés do tecnicismo. Ludicidade foi a mais interdisciplinar de todas as disciplinas, marcou pela inovação; conforme a Dra Tânea Fortuna “um novo paradigma para a educação”. Nas Artes Visuais pelas quais tenho um gosto pessoal, não poderia deixar de citar a utilização da ”Proposta Triangular” a qual contextualiza o ensino de artes, ampliando os conhecimentos. Itens esses que também foram mencionados por várias pessoas do grupo.
Trabalhar Música e Teatro num enfoque novo e de processo educativo foi interessantíssimo para minha prática. Antes já utilizei esse recurso, mas reduzindo-o somente para comemorações e datas festivas.
Foi em Literatura Infantil que senti o quanto o ambiente virtual pode facilitar nossa vida. Entramos no grupo (Elaine e eu) nos comunicando pela Internet; combinamos tudo: história, vestimentas, cenário, personagens, divisão de tarefas e dos custos. Só nos encontramos presencialmente no Pólo para fazer um ensaio geral na semana anterior à noite da Contação de História. Foi muito bom ter vivido essa facilidade, assim como os colegas sentiram esse valor em outros aspectos.
Mas é a interdisciplina Seminário Integrador que mais nos provoca a refletir sobre nossas experiências, desafiando-nos a superar limites, ousar em novas possibilidades, efetivando mudanças em nós e na nossa prática educativa. A apresentação oral foi um testemunho disso. O medo e a insegurança anteriores ao trabalho, agora se transformaram em vivência bem sucedida e alegria.
Assim que percebi o clima da pós-apresentação entre o grupo. Muito bonito!